Românticos são poucos
Não por falta de amor
E sim por sua existência
Mas tão pouco valor
O que tornam eles raros
É a tal da decepção
Porque para uma pessoa muito se entregaram
Desiludindo o coração
Mas porque isso acontece
Se o que mais enxergamos é essa busca incessante
Todos procurando por todos
Querendo amar a todo instante
Mas que culpa tem os românticos
Por entregar seu coração
Por amar com pureza
Agora entendo Platão
Já li muito sobre seus amores
Sei que nem tudo são flores
Mas a viagem da vida não esta perdida
Nesse contexto não só existem horrores
Platão e seus ideais
Da entrega constante
De entregar-se de corpo e alma
De um amor tão distante
E os românticos vem dessa linhagem
Querendo apenas amar
Sem ao certo entender
Se esse amor retornará
E é sempre assim
O certo correndo atrás do errado
Entregando amores a quem não deveria
E depois se tornando vítima do passado
Não existem ex-românticos
Pois amar não é cilada
O que passa a existir
São pessoas desconfiadas
Já me machuquei uma vez
Essa é a primeira coisa que vem na mente
Mesmo que buscamos o esquecimento
Difícil esquecer daquilo que se sente
Mas se não foi correspondido
Não pense em inferno astral
Pois a pedra que hoje lhe arremessam
Amanhã se tornará um degrau
Eis a grande diferença
Entre os românticos e os apaixonados
A paixão é passageira
O romantismo é algemado
E não procure descrevê-lo
Não encontrará argumentos ou frases
Nem suas algemas desprendê-las
Pois ainda não inventaram suas chaves
Seja um romântico platônico
Mesmo que isso pareça bobo
Porque se sensato for não amar
Vou desempenhar meu papel de louco
Eu continuarei com meus poemas
Frases, músicas e cânticos.
Sei que amar é um dilema
E enquanto eu viver serei romântico
Rafael da Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário